DICIONÍRICO - PROSA, POESIA E RISO, DE A A Z - César Magalhães Borges


 QUE NÃO SE FAÇA AQUI UM SEGUNDO BATISMO...



“ Os poucos versos que ai vão
Em lugar de outros é que os ponho
Tu que me lês, deixo ao teu sonho
Imaginar como serão. “

(“Versos Escritos Nágua”, Manuel Bandeira)


O intuito deste post de hoje no recomendo livros é a apresentação do livro “Dicionírico, prosa, poesia e riso (de A a Z) do autor César Magalhães Borges, levado ao prelo pela Editora Pasavento, em São Paulo, no ano de 2016, discorrendo sobre as sensações que a leitura de suas 200 páginas, ricamente ilustradas, provocou em mim… E que não se faça aqui um segundo batismo da obra do professor César, de Guarulhos, São Paulo, embora eu a apresente para os meus...
Como mote venho com Manuel Bandeira,por muitos considerado o maior poeta do Modernismo, de formação simbolista e parnasiana, que incorporou os padrões revolucionários da estética modernista, sem relegar as boas lições das suas origens. 
E porque em carta de 13/03/1957 endereçada ao seu amigo João Guimarães Rosa, Manuel Bandeira declara como demora para a leitura do livro “Grande Sertão: Veredas”, os seus diversos compromissos e a sua aversão á línguas inventadas, coisa que na época dizia-se sobre a obra de Guimarães Rosa... 
Eu que não pretendo fazer um “Segundo Batismo” da obra de César Magalhães Borges, como a Bernadete na página 152 deste “Dicionírico”, quanto mais um “Terceiro ou Quarto Batismo” sinto-me bem amparado pelos dois apontamentos referentes à Manuel Bandeira para seguir na explanação de meus argumentos…
Pois, César Magalhães Borges, na construção deste “Dicionírico, prosa, poesia e riso (de A a Z)” escolhe a dedo, transpiração e sensibilidade os tópicos a serem abordados, e como nos “Versos Escritos Nágua” deixa para os seus possíveis leitores o exercício de imaginação quanto ao que foi exposto e quanto ao que foi escondido…
E como na carta endereçada a Guimarães Rosa, o espanto, e a surpresa é de que o que vai nas páginas deste “Dicionírico” não é nada mais, do que corre de boca em boca entre as nossas gentes… Se há coisas inventadas neste livro, e existem, estas se devem ao espírito observador do autor...
Assim, César Magalhães Borges, apenas se utiliza da característica plástica das palavras, que conferem a elas uma possibilidade imensa de usos e atribuições, respeitando-se sem sombra de dúvidas o seu aspecto culto e formal.
Só um conhecedor da gramática, da sintaxe, do idioma, pode se aventurar com tanto desembaraço num “Dicionírico, prosa, poesia e riso (de A a Z)” tão irreverente, alegre, é único!
Uma obra que no fim de sua leitura deixará, com certeza, um gosto de quero mais em seus leitores, pela presença em suas páginas de textos curtos, prosa poética, pequenas crônicas, aforismos divertidos,poemas concretos que interagem com o espaço da folha em branco!
Por fim, tendo em mãos a “Orelha Van Gogh” fica-se sabendo que o César Magalhães Borges com esta edição do “Dicionírico, prosa, poesia e riso (de A a Z)” está em sua oitava obra… De minha parte o desejo é que venham mais!
Por mais que o autor diga que tem nome, sobrenome, mas, ainda sem renome, cumpre esperar que este “interfácil”  que aqui apresento, possa ajudá-lo a ser mais conhecido…
Eu deitei os olhos sobre a sua obra, a tempos, e agora o declaro publicamente!
Quanto à recomendação na “Orelha de Van Gogh”, há uma controvérsia:
Maria Grande, a minha neta, tem menos de 60 cm, e gostou do livro!
E quanto à sua dedicatória, caro César Magalhães Borges, uma concordância, sim:

“Vivemos a poesia e a prosa que a palavra nos entrega dia a dia”

E do seu livro, este delicioso  “Dicionírico, prosa, poesia e riso (de A a Z)” como São Tomé Das Letras…

“ … só acreditei lendo.”




Serviço:

César Magalhães Borges
Dicionírico prosa, poesia e riso (de A a Z)
Editora Pasavento
São Paulo, 2016

Contato:

cesarmborges@terra.com.br 

Obras do Autor:

Passagem ( poemas e crônicas, 1985)
Contrastes (poemas, 1987)
Canto Bélico (poemas, 1994)
Bolhas de Sabão (infantil, 1998)
Ciclo da Lua (poemas, 1999)
Três Acordes (infantil, 2003)
Folhas Soltas (poesia incidental, 2006)
e o Cd-Livro Verso em Voz (antologia sonora, 2013)



 


 

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