Sol Ridente - Pietro Costa - Lançamento


Nesta oportunidade venho tecer comentários sobre o livro de Pietro Costa, "Sol Ridente", em primeira edição, de Abril de 2023, com capa e ilustrações de Symone Elias, prefácio de Wanda Rop, sob o selo Editora Literarte.
Absolutamente arrebatado pelo objeto livro, bem acabado, multicolorido, com a caricatura de Pietro na capa e encantado pelas poesias deste vate de Brasília que divide o meu sentir sobre "Sol Ridente" em duas instâncias...
Nesta primícia de comentário, ocorre aos meus sentidos Fernando Pessoa(1), e através de suas letras alinhavo a minha primeira impressão: 

" Tenho tanto sentimento
Que é frequente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal."(...)

Pietro Costa apresenta um livro rico de sentidos e de sentimentos, num tom claro e fluido, agradável a leitura, sentimentos e sentidos que somam-se aos meus, enriquecendo-os...
O poeta se mostra hábil na manufatura de suas peças poéticas, com um rico vocabulário que tira do rés do chão os olhos de seus leitores, elevando, positivamente, o conhecimento deles sobre a riqueza presente em nossa Língua Portuguesa...
Assim, apresenta temas que se não foram sentidos por seus leitores, sem sobra de dúvidas, da forma que Pietro Costa os apresenta, denota um dos atributos deste autor; originalidade em apresentar temas do "cotidiano" vestidos de gala.
E através da leitura destes, apropriando-se, o leitor faz sua a visão do poeta, e embala-se com o seu jogo de palavras!
Neste sentimento de encanto e espanto assiná-lo o poema "Lúdico Interlúdio" onde tudo o que perfaz uma vida se encontra transversalmente!
E esta percepção de mundo faz da poesia de Pietro Costa um vibrante caleidoscópio de sensações...
Já a presença do amor é marcante, presença múltipla, que abarca vários sentidos do amar, pessoal, interpessoal, amoroso... Presença marcante neste tomo, luminoso, positivo, seminal!
Pietro Costa canta o feminino, canta a natureza, abraça o humano...
Assim, chego a segunda sensação que me assola após a leitura de "Sol Ridente"(2):


(...)"Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada."


Pietro Costa que agiganta o espectro de nosso olhar, faz através de seus versos com que sintamos as dicotomias presentes em nossas vidas, dentre elas; o bem e o mal, a verdade e a mentira, o certo e o errado...
Assim, a função de um grande poeta, a função de uma boa poesia, se é que ambos detém alguma obrigação, se manifesta:
Dar ao mundo, sob a colheita de olhares atentos, outras luzes, outros sentidos, para a vida, para o mundo das coisas e dos seres... Pois, não é corrente que a arte existe, porque a vida não basta?
A "Geopoesia" de Pietro Costa não tem fronteiras...
Seguindo a poética em Pietro Costa, "O amor nos salva das dores", na privacidade de nossas vidas, "No silêncio dos lençóis, desejos têm voz e corpos reluzem sóis"...
E ser assim, iluminados também pela poesia de Pietro Costa, com conhecimento de nós mesmos, não nos torna um tanto quanto "Sol Ridente que decifra cruciantes labirintos"...
Do que mais precisamos neste quase "fim do mundo", nestes possíveis "fim de mundo" em que vivemos nossas vidas?...
Pietro Costa no entanto faz uma ressalva:
" Que cada um de nós aprenda a importância de "ficar sol", vivendo e partilhando a luminosa poesia de Ser!"
Ele, Pietro Costa, já fez ecoar sua luminosidade... 
-Quem me acompanha na leitura de Sol Ridente?
Para muitos um verdadeiro segundo sol!

Sobre o autor:

Pietro Costa escritor, poeta, produtor cultural de Brasília - DF. Ex-presidente da Academia Cruzeirense de Letras, Membro de Academias literárias no Brasil e no exterior.
dr h. c. em Literatura, Ciências juridicas e Direitos Humanos.
Autor de 8 obras literárias. Coautor de mais de 200 coletâneas\Antologias.
Idealizador e organizador do Escreve-me Prêmio Literário (2022) e I Prêmio Art Letras: Um Tributo a Imortalidade(2022).
Várias honrarias, prêmios e títulos. 


(1) (2): Fonte consultada: Gosto de Palavrar - Fernando Pessoa - FaceBook

 

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