Minha carne ainda sonha - José Danilo Rangel

Este Bibliografia tem o prazer de divulgar o trabalho de José Danilo Rangel, poeta, escritor e divulgador Cultural de Rondônia  - RO.

Este autor traz uma poesia potente e inovadora, posto que aborda uma temática acessível ao grande público, que se faz competente em comunicar, em trazer sob o holofote da literatura a realidade brasileira, que num primeiro momento não parece fazer parte do fazer poesia!

José Danilo Rangel assim, dá um novo sentido ao fazer poético. 

Através de suas lentes, todo leitor se apropria como seu de todo o universo de seus livros!

José Danilo Rangel não deve ser lido com pressa na leitura, antes deve ser observado com cautela e atenção, pelo que explora em suas composições, pelo que põe a mostra em seus versos...

O escopo da escrita de José Danilo Rangel é assim multiplo, e a forma que o apresenta, se num momento cause estranheza, noutro encanta e seduz!

Entendendo a poesia como um vasto território de possibilidades, este vate de Rondônia é hábil e sagaz, onde o rotineiro, o corriqueiro, torna-se poético, sedutor e belo...

Daquele estado de beleza que só o fazer artístico pode conferir...

Daquele estado de beleza que só sensibilidades podem discernir!

Este é o caso deste Minha carne ainda sonha, livro rico, virtuoso, e sensacional!

E por quê?

Porque a poética deste autor não se limita aos temas abordados, supera-os!

Se por um lado desmitifica sonhos, a realidade sob o olhar deste escriba, se faz com arte!

José Danilo Rangel merece ser conhecido, lido e comentado...

O autor escreve:

Tenho muita experiência em ser lido

por quem nem gosta de poesia,

Até prefiro! Pelo menos não acham

que poesia é só Drummond e outros;

amor e melancolia.

Falo mal de coaches e suas ideias,

falo que vim de moto pro trabalho,

falo do dia a dia, de peixe, pimenta,

da vida em Porto Velho,

Pessoas que não conheço chegam,

querem bater papo sobre o texto,

querem me contar alguma história

que lembraram, um pouco de suas

vidas,

Dizem que nem parece poesia,

o que escrevo,

Porque dá pra entender.

Mas afinal, a poesia para ser poesia, precisa sempre ser hermética, fechada em si mesma, envolta em camadas e camadas de véus?

Para ser poesia, o tudo ou o nada, não basta de um olhar?