Antologia "Hoje, pensando em ti, pus-me a sonhar de amor" - Org. Roberto Ferrari

 











Este Bibliografia tem o prazer de divulgar a Antologia " Hoje, pensando em ti, pus-me a sonhar de amor. ", organizada por Roberto Ferrari pelo selo impecável da Editora Delicatta de Luiza Moreira, em homenagem a Vicente de Carvalho.

Nesta oportuna edição, Roberto Ferrari reúne uma plêiade de poetas e poetisas contemporâneos numa celebração poética, que valoriza um dos cânones da literatura brasileira, Vicente de Carvalho, "O poeta do mar", através dos poemas dos vates mais proeminentes da cena cultural brasileira da atualidade.

Podemos assim, esperar uma edição histórica, plena de sensibilidade!

Este articulista do Bibliografia tem a honra de participar deste tomo!

Mas, quem foi Vicente de Carvalho?

Vicente de Carvalho era filho do major Higino José Botelho de Carvalho, dono de uma loja de ferragens, e de Augusta Carolina Bueno, descendente de Amador Bueno.

Estudou no Seminário Episcopal de São Paulo depois no colégio Norton e colégio Mamede.

Por não ter a idade mínima para se matricular na Faculdade de Direito de São Paulo, obteve permissão especial da Assembleia Geral do Império pelo decreto 3075 de 17 de julho de 1882.

Formou-se em 8 de novembro de 1886 com 20 anos de idade no curso de ciências jurídicas e sociais.

Participa do movimento abolicionista se juntando aos caifases de Antonio Bento, ajudando escravos fugidos ao quilombo do Jabaquara.

Casou-se em 1888 com Ermelinda Ferreira de Mesquita, irmã do jornalista Júlio de Mesquita, do jornal Província de São Paulo (hoje Estado de São Paulo).

Tiveram dezesseis filhos. Entre eles, Vicentina de Carvalho, a poetisa, e Arnaldo Vicente de Carvalho, jornalista.


Deputado estadual:


Em 1891 foi eleito deputado e participou da comissão de redação da Constituição do Estado de São Paulo.


Secretário do Interior (1892):


Em 26 de fevereiro de 1892 foi nomeado Secretário de Interior do Estado de São Paulo na administração de Cerqueira César.

Autorizou a criação da Escola Superior de Agricultura, futura ESALQ, e a Escola Superior de Engenharia, futura Poli.

Na área do saneamento, tentou trazer Pasteur ao Brasil. Esse mandou seu aluno Felix Le Dantec.

Criou o Hospital de Isolamento do Instituto Bacteriológico e o Instituto Vacinogênico além do Laboratório de Análise e de Bromatologia.

Criou o serviço sanitário do estado.

Em 30 de setembro de 1892, se afastou da política definitivamente.

Antes de sair, durante uma solenidade na câmara municipal, Vicente esbofeteou Alfredo Maia que insinuou haver falcatrua em uma operação imobiliária do seu ministério. Disse: "O senhor insultou-me em ofício: eis a resposta!"


Fazendeiro e empresário:


Em Franca, comprou a fazenda Frutal para plantar café. O negócio fracassou com a queda dos preços.

Em 1901 voltou a Santos e publica Solução para a Crise do Café, um livro feito de artigos publicados no Estado de S. Paulo, arguindo que havia excesso de produção em frente à demanda. Propunha a destruição de um quinto da produção para equilibrar o mercado.

Em 1902 fundou com o sócio João da Silva Martins a Empresa de Navegação Fluvial Sul Paulista para explorar o transporte na ribeira do Iguape.


Juiz de Direito:


Em 1907 se transferiu para São Paulo. Um ano depois foi nomeado juiz de direito.

Em 1914 foi nomeado ministro do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.


Principais obras:


• Ardentias 1885

• Relicário 1888

• Rosa, rosa de amor 1902

• Poemas e canções 1908

• Versos da mocidade 1909

• Verso e prosa, incluindo o conto "Selvagem" 1909

• Páginas coladas 1911

• A voz dos sinos 1916

• Lucinha, contos 1924


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